A uvulopalatofaringoplastia é considerada a junção de mais de uma técnica cirúrgica com o intuito de melhorar as vias respiratórias do paciente melhorando o ronco e pausas respiratórias que fragmentam o sono.
As horas de descanso proporcionadas pelo sono são de extrema importância para a qualidade de vida do paciente. Entretanto, boa parte da população sofre com distúrbios relacionados ao sono e entre os mais comuns estão o ronco e a apneia do sono. Mais do que alertar sobre a condição, é preciso dizer que, para os casos mais graves e selecionados, existe uma cirurgia corretiva denominada de uvulopalatofaringoplastia.
É comprovado cientificamente que uma noite mal dormida reverbera em todo a rotina diária e engana-se os que pensam que poucos sofrem desta condição. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 40% da população mundial não dorme como gostaria e sofre de algum distúrbio do sono.
Segundo a Associação Brasileira do Sono, 24% dos homens e 18% das mulheres de meia-idade sofrem com o ronco; já a parcela da população acima dos 60 anos, esse índice chega a 60% e 40%, respectivamente. Quando o ronco é muito alto e acompanhado de períodos de apneia (paradas da respiração por mais de 10 segundos) pode ocorrer efeitos graves na saúde do paciente. Além disto, expõe o indivíduo que ronca a um constrangimento social e a queixas frequentes da parceira(o).
Os principais sintomas da apneia do sono são:
- Roncos;
- Sonolência durante o dia;
- Sono não reparador.
Além das condições acima mencionadas, o paciente pode apresentar ainda alteração da frequência cardíaca e pressão durante o sono, cansaço, falta de concentração e irritabilidade, sendo esses apenas alguns dos reflexos das noites sem um sono de qualidade. Quando tais condições passam a ser constantes é importante a procura por um especialista, neste caso um otorrinolaringologista especializado em sono.
Na Clínica Otorrino Garrafa é possível uma consulta individualizada para o seu caso, sendo que os profissionais da clínica atendem inclusive aos sábados.
Em casos graves e selecionados da apneia do sono a realização da uvulopalatofaringoplastia pode ser uma das alternativas terapêuticas. A cirurgia é uma forma de tratamento efetiva, porém, deve ser indicada após análise criteriosa da condição médica do paciente.
Para que um médico otorrinolaringologista indique a uvulopalatofaringoplastia a um paciente, primeiramente é necessária uma consulta detalhada do histórico paciente e um exame físico completo das vias respiratórias superiores tanto do nariz como da garganta. O exame de Polissonografia complementa diagnóstico podendo ser feito em uma clínica ou no domicílio, uma vez que o paciente dormirá monitorado.
Esse equipamento vai identificar o ritmo cardíaco, o padrão respiratório e a atividade cerebral do paciente, assim como a movimentação durante o sono. Os níveis de oxigênio do sangue são analisados também, dando uma visão completa ao otorrinolaringologista sobre a qualidade do sono do paciente.
Em mãos com todos esses dados o médico especialista em sono identificará qual distúrbio tem diminuído a qualidade do sono do paciente e poderá discutir as possíveis formas de tratamento.
A cirurgia de combate ao ronco e a apneia consiste na desobstrução da passagem de ar na região da garganta. O otorrinolaringologista e sua equipe retiram as amígdalas e realizam um reposicionamento dos músculos da faringe com o intuito de melhorar a respiração e o ronco durante o sono.
Por se tratar de um procedimento cirúrgico, existe a necessidade de uma análise criteriosa da saúde do paciente. Em consultório, o médico traçará um histórico médico. O mesmo deve informar doenças pré-existentes, medicamentos de uso contínuo, histórico familiar de doenças similares, alergias e demais situações.
O otorrinolaringologista solicitará análise laboratorial como hemograma, coagulograma, exames cardiológicos, assim como avaliação com equipe da anestesia.
Após a cirurgia, a região da garganta se torna sensível, logo dor e incômodo ao falar e engolir serão comuns aos pacientes submetidos a uvulopalatofaringoplastia. Não é necessário período prolongado de internação e, geralmente, o paciente recebe alta no mesmo dia do procedimento.
Em casa o paciente deve seguir algumas orientações sendo elas:
Alimentação: Nos três primeiros dias é indicada alimentação líquida e fria. Ao consumir alimentos gelados, além de minimizar a dor, diminui o risco sangramentos. A partir do quarto dia após a cirurgia a alimentação pode ser pastosa e morna. É liberado o consumo de alimentos sólidos após sete dias.
Repouso: É necessário que o paciente faça repouso, por ao menos, uma semana. Após esse período deve retomar as atividades diárias de forma leve. Não fazer muito esforço e não praticar exercícios durante as primeiras três semanas de recuperação.
Essas são algumas informações relativas a cirurgia de uvulopalatofaringoplastia. Caso tenha dúvidas, agende uma consulta com um de nossos otorrinolaringologistas especialistas em sono.